sábado, 25 de setembro de 2010

Última Parada 174

Na última quinta feira, assisti ao filme Última Parada 174 e chego a dizer que fiquei meio perplexa em como a realidade pode ser cruel e tão trágica para alguns.
O filme basicamente conta a história do jovem Sandro, responsável pelo sequestro do ônibus 174 que chocou a sociedade em 2000. Morador de rua desde jovem, ele não teve orientação familiar nem escolar, se permitindo cair no completo vício pelas drogas desde cedo, fazendo de tudo para saciar seu vício, não se importando em sobrepor todos os limites que tinha nem com as consequências que isso poderia lhe trazer. Sua vida realmente começa a girar em torno desse vício, negando que estava se tornando um bandido para conseguir seus objetos de desejo e necessidade.
Seu psicológico começa também a sofrer com o violento ambiente onde vive e com a abstinência de drogas que ele tem por um certo tempo, fazendo com que ele tenha constantes variações de humor, fique mais violento e abandonado, sem saber se a mulher que lhe diz ser sua mãe é sua verdadeira genitora, num momento de desespero é capaz de roubar a mala de dinheiro que ela e o marido haviam economizado, gasto tudo em drogas e mais tarde, sentindo-se perseguido, ele entra em um ônibus para fugir de uma viatura de polícia que passava pela rua e faz dos que estavam dentro de refém.
Pude notar que realmente quem não tem uma estrutura familiar completa para que haja imposição de limites e uma instrução básica, juntamente com aqueles que desde a mais tenra idade vivem à margem da sociedade, fica mais vulnerável à sedução das drogas e o fácil acesso ao dinheiro que viver clandestinamente geralmente proporciona. Eles não vem motivos para seguir as leis da sociedade que sempre os segregou e nem respeitam os limites e direitos do proximo se nunca tiveram alguem para lhes impor o respeito aos limites. O melhor a se fazer é conscientizar e educar para que não caiam na sedução do dinheiro fácil e dar as devidas possibilidades para que possam exercer sua liberdade e se desenvolver de forma lícita.

Beijos aos leitores ;)

sábado, 18 de setembro de 2010

Ventos

"Caminho sozinho sem saber aonde vou chegar
Procurando minha alma perdida
A chuva cai sobre mim
Lâminas de agua que parecem cortar minha carne
Mas isso já nao me importa mais
Não sinto dor
Não sinto medo
Não sinto nda
Sou um ser sem coração
Procurando luz no meio da escuridão

Já fui um vento forte
Que dominava o nucleo de um furacão
Voava livre sem preocupação
Mas me perdi seguindo uma brisa
Uma brisa que em um minuto
Fez uma vendaval no meu coração
Me deixando sem asas para voar
Me fazendo como mortal no chão caminhar

Fui roubado
Perdi meu maior bem
Perdi minha liberdade de poder voar
Meu poder de fazer o vento soprar
Entreguei tudo pra você sem perceber
Que isso que me fez te perder

Hoje sou uma pequena brisa
Como um dia você foi
Um ventinho simples
E sem direção
Quem por pouco não sumiu
Em meio a tanta dor que você me causou

Mas eu nunca ei de me render
Pois sem mim você não pode mais viver
Tomou minhas asas
Mas comigo deixou seu coração
Procure quantos ventos quiser
Mas igual a mim não vai achar
Porque o que vc me tomou
Não te deixa me esquecer
E enquanto eu existir
Você nunca conseguirá fugir
Do amor que sente por mim"

By Heitor Lima

Beijos aos leitores ;)

sábado, 4 de setembro de 2010

Sobre promessas e tubarões

Acordo. Ligo o som e ponho um cd qualquer sem prestar muita atenção. A voz do Nenê Altro invade o quarto. Sobre promessas e tubarões. Parece irônico como a música capta minha atenção de tanto sentido que a música tem pra mim agora.

Os contos de fadas morreram ou nunca existiram? O encanto de tudo me parece realmente ter escapado pois vejo erro em tudo o que olho. Seriam tempos 'estranhos' os que eu já vivi?? Onde tudo parecia ser mais palpável e sincero, até os sentimentos mais sutis, onde as pessoas admiravam alguem por seus dotes e qualidades e não pela beleza?? Talvez sim, mas é bom que tenha sido assim. Pelo menos ainda existem pessoas que não se prendem ao moderno estilo de ser e se comportar...

Não te esqueças jamais que és meu tudo. "Completamente não. Lembro e lembrarei disso mesmo se não me pedisse pois também és meu tudo". É o que penso. Mas nem por isso, consigo deixar pra trás os erros e falhas que um dia nos feriu e marcaram, porque nos dispomos a isso ao sentir, ao nadar entre tubarões, ao viver, e a vida é tão arriscada quanto isso. Ver os erros sendo cometidos por outros tão próximos de nós não nos faz aprender a lição, nos faz aprender a viver.

Não dói mais, mas me diz se vai ser sempre assim e se tudo o que mais queremos pede sofrimento. Acho que a resposta seria positiva já que todo sentimento traz dor e sofrimento quando chega a um ponto extremo.

Eu só queria poder te abraçar e voltar, te mostrar meus olhos, sem palavras e te ouvir dizer "tudo bem"... Vou sonhar com isso pra sempre, mas não vou me contentar somente em ouvir um "tudo bem", vou agir para que isso aconteça, para que eu possa cumprir minhas promessas de ser feliz e te fazer bem novamente.
Sobre Promessas e tubarões
Letra:


PS.: Texto feito em novembro de 2009
Beijos aos leitores ;)