domingo, 7 de abril de 2013

Execução no Amor

Estava eu estudando Processo de Execução e não pude evitar de pensar no quanto os relacionamentos são parecidos com a Execução no Direito. Sim, muitissimo parecidos, por sinal.

Assim como no Direito, sem um título não há execução. E o título no amor seria o sentimento, que pode significar também os bens a serem executados. Sem sentimentos, não há como ter um relacionamento e depende dos próprios interessados executarem o relacionamento, não pode haver a intervenção de um terceiro dizendo que ele deve ou não ocorrer. O relacionamento também obedece o princípio da satisfação do credor e o da utilidade pois todo o relacionamento tem que satisfazer e tem que ter sentimento (bens) o bastante para não tornar a execução frustrada.

Nos relacionamentos, a execução provisória é o "ficar", enquanto a execução definitiva é o namoro fixo, o casamento. O título dos ficantes é provisório, pois não há a certeza se ele é digno de ser concretizado. Somente após uma confirmação, que neste caso é muito subjetiva, os sujeitos poderão executar  o relacionamento com um sentimento certo. A certeza do título do amor é tal como a do título no Direito. Não se pode ter um relacionamento se não houver o sentimento e a liquidez se mostra no fato da pessoa ter que saber o que se deve esperar bem como o sentimento poder ser exigível, sendo atual. A fraude na execução seria a traição, pois você já tem um processo correndo com alguém e se desfaz de todos os seus bens e sentimentos a favor de um terceiro que quase sempre que sabe da existência do seu processo, de forma que a continuidade e a eficácia daquele processo fica prejudicada.

Depois dessa viagem mental, conclui: no fim, os dois quando feitos da maneira correta, satisfazem as vontades e suprem as necessidades.

Beijos aos leitores ;)