quarta-feira, 26 de junho de 2013

Que País É Este?



Eu talvez não poderia titular esse texto de uma forma melhor do que com o nome dessa música tão famosa do Legião Urbana. Que país é este onde políticos roubam milhões e queriam sair impunes? Que país é este onde milhões morrem na fila de espera por um tratamento ou até por uma consulta médica? Que país é este em que homossexuais podem ser orientados e aconselhados a possivelmente serem ainda mais reprimidos (o projeto denominado "cura gay" que apesar de não ser devido ter este nome, tende realmente a uma discriminação ainda maior)? Que país é este onde impostos são cobrados em tudo mas o retorno nunca vem? Que país é este onde estádios são mais importantes que hospitais, escolas, segurança e infra estrutura? Que país é este em que balas de borracha, gás lacrimogênio e bombas de efeito moral são usadas pela polícia sem o menor peso na consciência? Que país é este tão verde, amarelo, azul, mas também tão vermelho de corrupção, dívidas, tributos, mortes desnecessárias, sofrimento? Você provavelmente dirá: "é a porra do Brasil!"
 
Mas eu pergunto: será este o mesmo país que na última semana saiu da inércia contra a maioria das coisas que estava entalada na garganta? Que país é este que agora canta o hino nacional a plenos pulmões e de coração? Que país é este que não se calou diante da bola rolando? Que país é este cuja maioria não se deixou levar pela opinião da mídia, até então com opiniões tão definitivas? Que país é este que continua lutando e defendendo um presente e um futuro melhor? E eu respondo: "Sim, é o Brasil!"
 
Se um mês atrás, ou até mesmo duas semanas atrás, tivessem me dito que eu veria os brasileiros saírem de suas respectivas casas e indo às ruas se manifestar contra os problemas, eu muitíssimo provavelmente não acreditaria. Já estava me acostumando a pensar no cidadão brasileiro como um cidadão inerte, e não me excluo dessa. Mas sinto-me muito feliz em poder dizer que esta imagem está se esvaindo. Essa (r)evolução teve um motivo para começar, mas não vejo motivos para que termine. Não enquanto as coisas não estiverem se encaminhando para a solução dos nossos problemas (ou pelo menos a maioria deles). Isto já não é por causa de R$0,20 mas sim pelos milhões desviados dos cofres públicos, pelos milhões gastos com os eventos esportivos sediados aqui, pelos milhões de pessoas mortas sem ter a chance de uma cura, pelos milhões de pessoas envolvidas em acidentes e vítimas de crimes por falta de segurança e de infra estrutura, pelos milhões de brasileiros. Por cada um e por todos nós.
 
Estive presente em um protesto. Não no de Belo Horizonte, pois não foi possível (apesar de desejado), mas no da minha pequena cidade. Porém, até mesmo em menor escala, pude notar que esta luta é de todos. Crianças, jovens, adultos, idosos. Desejando e defendendo uma chance de serem levados a sério pelos que nos representam politicamente. Defendendo e desejando uma chance de terem condições mais dignas de vida em todos os aspectos.
 
O brasileiro ainda tem muito o que mudar e evoluir. Tem muito o que refletir sobre como se portar e como tratar para ser tratado. Mas acredito que somente dando o primeiro passo é que podemos traçar longos caminhos e caminhar rumo à prosperidade.

Beijos aos leitores ;)

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Quase sem querer

Não sei o que ocorreu. Tudo mudou tão rápido, os pensamentos e sentimentos mudaram. Você mudou. Eu mudei. Andava nos ares, distraída, indecisa, sem vida. Mas isso logo tambéms mudou. De repente, voltei a ficar mais tranquila, mais contente, mais decidida.

Sei que perdemos várias chances e levamos muito tapa na cara antes de acertar o caminho.Essa perdição, porém, parece ser o que nos salva. A prepotência juvenil muitas vezes nos faz querer provar que estamos sempre certos, não precisamos do outro, não precisamos dar satisfações nem provar nada pra ninguém, assim como buscamos explicações para tudo. Nesses tempos conturbados, notei que menti várias vezes para mim e isso só piorou as coisas quando tudo se viu acabado, até mesmo sem querer.

Mas cedo ou tarde precisamos crescer. E eu quero crescer. Se precisar deixar coisas para trás, deixarei. E nesse início de crescimento, vi que não preciso saber tudo nem ter explicação para tudo, quanto mais para explicar o que sinto. Mas sempre soube que vejo mais nas entrelinhas do que a maioria das pessoas. A infinidade de pensamentos, sentimentos, personalidades ao meu redor é uma coisa linda e ótima. Não quero as pessoas pensando sempre como eu penso, como eu quero. O que seria de uma sociedade toda igual? Honestamente, acho que seria um tédio juntamente com uma previsibilidade indesejada. E gosto tanto de sermos diferentes.

Vieram me contar que você andou chorando por minha causa. Nunca pensei que fosse ouvir isso, nem que eu fosse sentir e perceber o quanto eu te queria e o quanto eu poderia não ter te feito sofrer. Uma hora a gente se encontra e se acerta. Quem sabe um dia eu poderei ver e sentir o mesmo que você, não é?

Beijos aos leitores ;)